Cerca de 20 estudantes do movimento “Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil” estão a ocupar, esta manhã, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, para exigir um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza, assim como o fim ao fóssil até 2030 – vários dos ativistas estavam unidos por tubos metálicos, para ser mais difícil a sua remoção.
Em comunicado, o movimento estudantil denuncia que vários manifestantes “foram imediatamente confrontados com repressão por parte da polícia, que os começou a retirar violentamente”.
“O que se passa na Palestina e o colapso climático iminente são as expressões máximas de como as instituições nos estão a falhar. Assistimos a um genocídio em direto e aprendemos desde cedo que não teremos um futuro se não acabarmos com os fósseis. Mas as instituições de poder e o Governo que este ministério representa nada fazem. Não podemos deixar que continuem a ignorar estas crises”, assegura Matilde Ventura, porta-voz do movimento.
Os ativistas exigem o fim do genocídio em curso na Palestina, o corte de quaisquer relações diplomáticas e financeiras com Israel, e o boicote aos projetos de gás fóssil explorado em Israel, garantindo que até 2025 Portugal deixa de utilizar gás fóssil para produzir eletricidade.
Na passada quinta-feira, dezenas de estudantes e ativistas ocuparam a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto em solidariedade com o povo palestiniano e, na segunda-feira passada, foram ocupadas a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Já na semana passada, estudantes universitários e do ensino secundário portugueses ligados a movimentos como a Greve Climática Estudantil e Estudantes pela Justiça na Palestina protestavam na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, em cujo edifício funciona também o Instituto de Educação.














